quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Hoje é o primeiro dia do resto da sua vida - 1972 - Rita Lee


1 - Vamos tratar da saúde
Arnaldo Baptista - Rita Lee - Arnolpho Lima
2 - Beija-me, amor
Arnaldo Baptista - Rita Lee 
3 - Hoje é o primeiro dia do resto da sua vida
Arnaldo Baptista - Rita Lee 
4 - Teimosia
Arnaldo Baptista -Rita Lee - Arnolpho Lima
5 - Frique comigo
Arnaldo Baptista - Sergio Dias - Rita Lee - Ronaldo Leme
6 - Amor branco e preto
Arnaldo Baptista - Rita Lee
7 - Tiroleite
Arnaldo Baptista - Sergio Dias - Rita Lee - Arnolpho Lima
8 - Tapupukitipa
Arnaldo Baptista - Rita Lee
9 - De novo aqui, meu bom josé
Arnaldo Baptista - Sergio Dias - Rita Lee - Arnolpho Lima
10 - Superfície do planeta
Arnaldo Baptista

Músicos:
Ronaldo Leme (Dinho) – Arnolpho Lima (Liminha) – Sérgio Dias – Arnaldo Baptista - Rita Lee - Lúcia Turnbul - Claudio Cesar Baptista

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Esse é o segundo LP solo da Rita Lee, no entanto, sob a responsabilidade da direção musical de Arnaldo Baptista e com a participação dos integrantes de Os Mutantes em todas as faixas, na prática, é também um disco desse notável grupo. As faixas são marcadas por letras engraçadas e irreverentes, mas o traço geral é de experimentação com muito rock'n roll. Para os corintianos, "Amor em branco em preto" é uma homenagem sincera; "Frique comigo" é um manifesto aos "malucos"; "Superfície do planeta" é uma viagem deliciosa. Os arranjos são bem criativos, com destaque para as linhas de baixo do Liinha. Ou seja, o disco todo vale a audição.

O Homem Traça diz: ROAM!

 

Hoje é o primeiro dia do resto da sua vida

sábado, 27 de janeiro de 2018

De palavra em palavra - 1971 - MPB4


1 - De palavra em palavra 
Miltinho – Maurício Tapajós – Paulo Cézar Pinheiro
2 - Cravo e canela 
Milton Nascimento – Ronaldo Bastos
3 - Recado 
Sérgio Mello – Dalto Medeiros
4 - Mudei de idéia 
Antônio Carlos – Jocafi
5 - Pois é, pra quê? 
Sidney Miller
6 - Eu cheguei lá 
Dorival Caymmi
7 - Minha história “Gesubambino” 
Dalla – Pallottino – Vers: Chico Buarque de Hollanda
8 - Maria das Dores 
Maurício Tapajós – Mauro Duarte
9 - O cafona 
Marcos Malle – Paulo Sérgio Valle
10 - A Vila e a vida 
Aldir Blanc – Silvio Silva Jr
11 - Valsinha 
Vinicius de Moraes – Chico Buarque de Hollanda
12 - Confirmação 
Ruy Quaresma – Tarcízio Cardozo – Airton Quaresma

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Pensem num repertório clássico de um período áureo da MPB. Tá aqui, com destaque para a composição desesperançada de Sidney Miller.

O Homem Traça diz: ROAM!

 

Pois é, pra quê?

Cicatrizes - 1972 - MPB4


1 - Agibore
Tom & Dito
2 - O Navegante
Sydney Miller
3 - São Vicente
Milton Nascimento - Fernando Brant
4 - Desalento
Maurício Tapajós - Hermínio Bello de Carvalho
5 - Viva Zapátria
Sirlan e Antunes de Oliveira
6 - Cicatrizes
Miltinho - Paulo César Pinheiro
7 - Partido Alto
Chico Buarque de Hollanda
8 - Bom Dia, Boa Tarde, Boa Noite
Jorge Ben
9 - Pesadelo
MaurícioTapajós - Paulo César Pinheiro
10 - Canção De Nana
Dorival Caymmi
11 - Última Forma
Baden Powell - Paulo César Pinheiro
12 - Ilu-Aye (Terra Da Vida)
Cabana - Norival Reis
13 - Faz Tempo
Maurício Tapajós - Paulo César Pinheiro


Músicos:

Magro - Miltinho - Ruy Faria - Aquiles - Luiz Claudio - Menescal

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O MPB4 se formou em 1964, com seus membros participando, a princípio, das atividades do CPC da UNE. Em 1966 lançam o primeiro LP. Participam intensamente da efervescência dos Festivais e, nessa época, têm a imagem vinculada á Chico Buarque. Para o bem e para o mal, pois a censura dificultou bastante o trabalho do grupo, também por essa identificação.

Esse LP de 1972 é marcado por diversas canções que dão o tom do momento político do país, quando muitos defensores da democracia vinham sendo presos, torturados e mortos. É exemplar a canção "Pesadelo", um sinal dos tempos, que, infelizmente, estão presentes ainda hoje.

Mais informações, aqui.

O Homem Traça diz: ROAM!

 

Viva Zapátria

sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

Guerreiros do Arco Íris - 1989 - Dharana


01 - O astronauta 
Roberto Gomes - Toninho Mattos
02 - Velhas almas 
Edson Natal - Toninho Mattos
03 - Dharana 
Alex Braga
04 - Hasta luego 
Alex Braga
05 - Guerreiros do arco-íris 
Alex Braga
06 - Umbi 
Edson Natal
07 - Marcia 
Toninho Mattos
08 - Enteal 
Roberto Gomes - Valmir Barros
09 - Sem você 
Roberto Gomes - Nico Ferreira


Músicos:
Roberto Gomes - Edson Natal - Alex Braga - Toninho Mattos - Alex Braga - Roberto Gomes

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O Homem Traça diz: ROAM!

 

Dharana 

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Claude Debussy - 1971 - Jean-Bernard Pommier


01 - Por le piano - Prelúde
02 - Por le piano - Sarabande
03 - Por le piano - Toccata
04 - La Cathédrale Engloutie - do 1o Livro dos Prelúdios
05 - Feux D Artifice - do 2o Livro dos Prelúdios
06 - 1o Arabesque
07 - 2o Arabesque
08 - La plus que lente - Valsa
09 - Jardins sous la pluie - das estampas
10 - La fille aux cheveux de Lin - do 1o livro de prelúdios
11 - Lisle Joyeuse
12 - Clair de lune - da Suíte Bergamasque

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Debussy (1862-1918), compositor e músico francês, referência para diversos movimentos musicais, foi autor de uma música inovadora. Influenciou Ravel, Béla Bartók, Luís de Freitas Branco, Heitor Villa-Lobos e outros. Iniciou o que se convencionou chamar de Música Moderna e deixou uma lição de inconformismo em sua obra.

O grupo de rock progressivo Renaissance, utilizou-se de "La Cathédrale Engloutie - do 1o Livro dos Prelúdios" na introdução da faixa "At the harbour" em seu LP Ashes Are Burning, de 1973.

O Homem Traça diz: ROAM!

 

La Cathédrale Engloutie - do 1o Livro dos Prelúdios

sábado, 20 de janeiro de 2018

Dharana - 1987


01 - Viajante 
Edson Natal
02 - Sol de inverno 
Juju Nogueira - Alex Braga - Edson Natal - Toninho Mattos
03 - Jeito de Loren 
Edson Natal
04 - Pra Regina 
Alex Braga
05 - Feito Minas 
Alex Braga - Edson Natal - Roberto Gomes
06 - Seda 
Alex Braga
07 - Chama e neon 
Valmir Barros - Toninho Mattos
08 - Tudo a ver com ML 
Roberto Gomes - Toninho Mattos
09 - Sentimento azul 
Roberto Gomes
10 - Amarelinho 
Toninho Mattos

Músicos:
Alex Braga - Edson Natal - Toninho Mattos - Roberto Gomes

Arranjos:
Grupo Dharana, com participação de Hermeto Pascoal (faixa 03) e Jobim Lima (faixas 01 e 06) 

Participações especiais:
André Geraissati - Edu Moreira 

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O Grupo Dharana é um quarteto de música instrumental autoral composto por três violões e um violino. Esse é o primeiro disco, estreando com a produção de André Geraissati. Curiosamente, Edson Natale ainda assinava como Edson Natal, mas o som que produzia é similar ao seu primeiro LP solo.

O Homem Traça diz: ROAM!

 

Viajante 

Quinteto Violado -1972


01- Asa branca 
Luiz Gonzaga - Humberto Teixeira
02- Freviola 
Marcelo Melo 
03- Santana 
Fernando Filizola
04- Reflexo 
Luciano Pimentel - Fernando Filizola - Toinho Alves
05- Imagens do Recife 
Deda - Marcelo Melo - Toinho Alves
06- Roda de ciranda 
Adap. Marcelo Melo - Toinho Alves
07- Baião da garoa 
Luiz Gonzaga - Hervé Cordovil 
08- Acauã 
Zé Dantas
09- Marcha nativa dos índios Quiriris 
Adap. Toinho Alves e Marcelo Melo
10- Vozes da seca 
Luiz Gonzaga - Zé Dantas
11- Agreste 
Fernando Filizola - Sando

Músicos
Marcelo Melo - Fernando Filizola - Luciano Pimentel - Toinho Alves - Sando 

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Esse é o primeiro LP do Quinteto Violado, grupo pernambucano de muita competência musical, calcada no repertório popular nordestino. A faixa de abertura é uma das mais belas gravações desse hino, Asa Branca. Aliás, à parte a música, esse disco tem histórias controversas quanto a criação de sua capa. Uns dizem que é de Watson Portela, ilustrador brasileiro, outros dizem que é Roger Dean, ilustrador famoso de capas de grandes bandas do Rock dos anos de 1970. A ilustração foi usada também na capa do disco da banda de hard rock chamada Paladin. Possivelmente, por conta dessa confusão, na segunda edição do LP brasileiro, a gravadora usou uma foto de gaivotas, em alusão equivocada à asa branca, pompo típico do nordeste, que dá nome à faixa, notabilizou o Quinteto Violado e rebatizou o disco.

Mesmo com a morte de Luciano Pimentel e Toinho, o Quinteto Violado segue firme na ativa.

O Homem Traça diz: ROAM!

 

Asa branca

sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Paulo Rafael - 1988


01 - Navegantes
Paulo Rafael
02 - Maracajá
Alceu Valença
03 - Rota da África
Paulo Rafael - Jurim Moreira
04 - Depois do escuro
Paulo Rafael
05 - Arraial do Bom Jesus
Paulo Rafael
06 - Estação do Som
Paulo Rafael
07 - Arrecifes
Paulo Rafael - Zé Rocha
08 - Orange
Paulo Rafael

Músicos
Paulo Rafael - Jurim Moreira - Tovinho - Luigi Lagoia

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O violonista e guitarrista Paulo Ramiro Rafael Pereira, nasceu em 1955 na cidade de Caruarú (PE). Iniciou sua carreira no início dos anos 1970, em Recife, integrando o grupo Ave Sangria. Está na banda que acompanha Alceu Valença desde meados da década de 1970, a sonoridade dos discos de Alceu é inseparável da contribuição criativa de Paulo Rafael. No entanto, esse grande guitarrista navega também em outros mares. Como produtor, compôs e fez a direção musical do filme "O baile perfumado", dirigido por Lírio Ferreira e Paulo Caldas; compôs e executou a trilha de "Pátria amada", filme de Tisuka Yamasaki. Também compôs e tocou para os CDs de poesia de Neide Arcanjo e Ascenso Ferreira e para o CD de poemas infantis de Clarice Lispector. Além disso tocou em discos de Zé Ramalho, Geraldo Azevedo, Elba Ramalho, Gal Costa, Kleiton & Kledir, Marina Lima e MPB-4, entre outros.

Em 1988 lança o seu primeiro disco solo,  instrumental, mostra mais um tanto da sua competência e criatividade, misturando ritmos brasileiros ao jazz e ao rock. É notável a influência de Jeff Back.

O Homem Traça diz: ROAM!

 

Maracajá

quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Eu vou ser como a toupeira - 1972 - José Afonso


01 - A morte saiu a rua
José Afonso
02 - Fui a beira do mar
José Afonso
03 - Sete fadas me fadaram
José Afonso - Antônio Quadros
04 - Ó minha amora madura
Popular - Arranjo de José Afonso
05 - O avô cavernoso
José Afonso
06 - Ó Ti Alves
José Afonso
07 - No comboio descendente
José Afonso - Fernando Pessoa
08 - Eu vou ser como a toupeira
José Afonso
09 - É para a Urga
José Afonso
10 - Por trás daquela janela
José Afonso

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Nesse LP temos a canção "É para a Urga", composta para o espetáculo teatral "A exceção e a regra", peça de Bertolt Brecht, dirigida por Cardoso dos Santos. Segundo o encarte do CD, a faixa "A morte saiu a rua" teve problemas com a censura de Salazar e quase ficou fora do disco.

O Homem Traça diz: ROAM!

 

A morte saiu a rua

Viva o poder popular - 1974 - José Afonso


01 - Viva o poder popular
02 - Foi na cidade do fado

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Compacto lançado em meio ao turbilhão da Revolução dos Cavos, quando o povo português se livrara da ditadura fascista de Antônio de Oliveira Salazar.

O Homem Traça diz: ROAM!

 

Viva o poder popular

Venham mais cinco - 1973 - José Afonso

Postagem original: 17/03/2008



01 - Rio largo de profundis
José Afonso

02 - Era um redondo vocábulo
José Afonso

03 - Nefretite não tinha papeira
José Afonso

04 - Adeus ó Serra da Lapa
José Afonso

05 - Venham mais cinco
José Afonso

06 - A formiga no carreiro
José Afonso

07 - Que amor não me engana
José Afonso

08 - Paz poeta e pombas
José Afonso

09 - Se voaras mais ao perto
José Afonso

10 - Gastão era perfeito
José Afonso


Músicos
Michel Cron - Alain Noel - André Garradot - Michel Bergés - Janine de Waleyne - Jean Claude Dubois - Jean Claude Naude - Michel Buzon - Michel Grenu - Marcel Perdignon - Michel Delaporte - José Mário Branco

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O Homem Traça diz: ROAM!

   

Paz, poeta e pombas

Cantigas do Maio - 1971 - José Afonso

Postagem original: 24/01/2008




01 - Senhor Arcanjo
José Afonso

02 -
Cantigas do maio
popular - José Afonso

03 -
Milho verde
popular/arr. José Mário Branco

04 -
Cantar Alentejano
José Afonso

05 -
Grândola, Vila Morena
José Afonso

06 -
Maio maduro maio
José Afonso

07 -
Mulher da erva
José Afonso

08 -
Ronda das mafarricas
António Quadros - José Afonso

09 -
Coro da primavera
José Afonso

Músicos
Carlos Correia (Bóris)
Michel Delaporte

Christian Padovan

Tony Branis

Jacques Granier

Francisco Fanhais

José Mário Branco

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No momento mágico da data comemorativa do aniversário da Megalópoli Megalomaníaca, as autoridades que teimam em usufruir de nossas riquezas contra o povo que trabalha a constrói, realizarão cerimônias para lembrar assassinos e escravocratas portugueses "valorosos". A destruição dos serviços públicos, a privatização da saúde e da educação para encher os bolsos de DEMoníacos e Tucanos será o mote dos sorrisos para as fotos nas festas de gala.

Sendo assim, vamos lembrar de um português que nadou contra a maré e que tem sua obra ligada à memória dos trabalhadores portugueses na luta contra o facismo, esse instrumento muito utilizado ainda hoje pelos detentores dos grandes meios de produção, nos quatro cantos do globo.

José Afonso, também conhecido como Zeca Afonso, nasceu em 2 de agosto de 1929 e faleceu em 1987. Começou a carreira musical em 1953 gravando em 78 rpm e encerrou sua carreira como um ícone da música portuguesa, sendo sua obra intimamente ligada a história do seu povo, seja pela qualidade poética e musical ou pela inspiração na luta contra o fascismo.
 

"O mais histórico e o mais referencial de todos os discos da música popular portuguesa. Gravado no Strawberry Studio, de Michel Magne, em Herouville (França), entre 11 de Outubro e 4 de Novembro de 1971, com arranjos e direcção musical a cargo de José Mário Branco, este disco assinala a primeira viragem de fundo na revolução musical iniciada por Zeca uma dúzia de anos antes. O tratamento instrumental de cada tema, a beleza poética e a subversão temática atingem, aqui um nível nunca anteriormente possível. E, uma vez mais, Zeca recusa a facilidade, incluindo canções onde o surreal é já assumido na sua totalidade (para desespero da direita e de uma certa esquerda, que insistia na necessidade de uma 'definição clara' de Zeca, à luz do 'socialismo científico') como Ronda das mafarricas ou Senhor arcanjo, a par de belíssimos temas de inspiração popular, como Maio, maduro Maio, A mulher da erva ou Cantigas do Maio e de óbvios cantos de resistência, como o Cantar alentejano, dedicado a Cataria Eufémia, camponesa assassinada pela GNR, ou Coro da Primavera. Gravado num tempo recorde e contando apenas com as participações de meia dúzia de músicos (Carios Correia, Michel Delaporte, Christian Padovan, Tony Branis, Jacques Granier e Francisco Fanhais, além de, naturalmente, José Mário Branco e Zeca), este disco seria considerado, em 1978, como o melhor de sempre da música popular portuguesa, numa votação organizada pelo Sete que contou com a participação de 25 críticos e jornalistas. Um tema, no entanto, bastaria para fazer de Cantigas do Maio um marco da história portuguesa: Grândola vila morena, escolhida em 1974 como senha para o arranque do Movimento dos Capitães, que em 25 de Abril derrubou a ditadura fascista." Viriato Teles - Fonte

Vamos torcer para que as canções de Zeca nos inspirem nas jornadas de luta que, certamente, virão neste ano e nos próximos!

O Homem Traça diz: ROAM!

 

Grândola, Vila Morena

quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Oficina Instrumental - 1981 - Uakti


1 - Promessas do Sol
Milton Nascimento - Fernando Brant
2 - Dança da Chuva
Marco Antônio Guimarães; 
3 - Maíra
Marco Antônio Guimarães; 
4 - As Nove Esferas
Marco Antônio Guimarães; 
5 - Uakti
Criação Coletiva
6 - Planeta Terra
Marco Antônio Guimarães

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O Uakti foi um grupo de música instrumental brasileira, esteve na ativa entre 1978 e 2015. A formação mais perene se deu com Marco Antônio Guimarães, Artur Andrés Ribeiro, Paulo Sérgio Santos e Décio Ramos. O Uakti ganhou fama por sua bela música realizada com instrumentos musicais não convencionais, projetados e construídos pelo grupo. Ao longo da carreira o Uakti gravou trabalhos com Tavinho Moura, Milton Nascimento, Philip Glass, entre outros.

O Homem Traça diz: ROAM!

        
 
Promessas do Sol


Song for Biko - 1979 - Johnny Dyani Quartet


1 - Wish you sunshine 
2 - Song for Biko
3 - Confession of moods
4 - Jo'burg - New York

Bônus do CD
5 - Lonely flower in the village

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Um quarteto de feras do Jazz, dedicando a sua criatividade e virtuosismo ao combate ao apartheid. Eis o sumo desse LP calcado no free jazz, gravado em 1978 e editado em 1979. 

Johnny Dyani nasceu em 1945 e faleceu em 1986. Baixista e pianista, fugiu com sua banda da África do Sul em 1964, buscando por espaços livres, onde pudesse tocar. Gravou mais de duas dezenas de discos em vida. Já Don Cherry (1936-1995), estadunidense de Oklahoma City, foi um trompetista inovador. Tocou com Ornette Coleman entre o final dos anos 1950 e início dos 1970. Em 1978, esteve ao lado do Naná Vasconcelos no LP Codona, Volume 1.

O Homem Traça diz: ROAM!

 

Song for Biko

terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Romanza - 1988 - Sebastião Tapajós


01 - Prelúdio da Suíte IV
Bach
02 - Giga
Leopold Weiss
03 - Allemande
Leopold Weiss
04 - La Hilandera
Napoleón Coste
05 - En los trigales
J. Rodrigo
06 - Valsa No 3
A. Barretos
07 - Canción
Ruiz Pippo
08 - Danza
Ruiz Pippo
09 - Canarios
Gaspar Sanz
10 - Tarantela
Napoleón Coste
11 - El colibri
Julio Sagreras
12 - Sevilla
Albéniz
13 - Asturias
Albéniz

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Sebastião Tapajós é um dos melhores violonistas brasileiros. Paraense de Alenquer, nascido em 1942, iniciou a carreira profissional em 1958, em Santarém (PA). Estudou na Europa, e é amplamente reconhecido mundo a fora. Esse disco foi gravado depois de mais de 20 outros LPs. Curiosamente não consta na Discografia listada pela Wikipédia. Registra um momento rico, em que Tapajós executa, sobretudo, peças eruditas. Aliás, aqui fica evidente que as culturas erudita e popular são fixadas por linhas imaginárias e arbitrárias, é algo facilmente dissipável nas cordas tocadas pela sensibilidade e maestria de Tapajós.

O Homem Traça diz: ROAM!

 

Asturias

sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

Sinal de Amor - 1981 - Diana Pequeno



1 - Sinal de amor e de perigo
Capenga - Patinhas
2 - Regina
Folclore Adapt.: Diana Pequeno
3 - Vagando
Paulinho Morais
04 - Laura
Luiz Llach - Diana Pequeno
5 - Estrelas nil
Paulinho Morais
06 - Trem do pantanal
Paulo Simões - Geraldo Rocha
07 - Busca-pé
João Bá - Vidal França
08 - Berço de todos os azuis (Bressol de tots els blaus)
Luiz Llach - Diana Pequeno - Dércio Marques
09 - As flores deste jardim
Ricardo Villas
10 - Barca de Noé
Mochel
11 - Recolher
Arthur Andrade

Músicos
Capenga - José Gomes - Carlão de Souza - Papete - Dércio Marques - Almir Sater - Paulinho Supekóvia - Carlos Martau - André Gomes - Alexandre Fonseca - Paulinho Morais - Sérgio Sá - Pery Souza - Gereba 

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Diana Pequeno é baiana de Salvador, nasceu em 1958 e com 19 anos gravou o seu primeiro LP. Este é o seu terceiro álbum, belíssimo, reitera a grande vitalidade da sua música, pautada pela cultura brasileira, a partir de cantadores como Dércio Marques, Vidal França e João Bá, entre outros.

O Homem Traça diz: ROAM!

 

Sinal de amor e de perigo

quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Lourenço Baeta - 1979


01 - Santa Marina
Cacaso - Lourenço Baeta 
02 - Meio-termo 
Cacaso - Lourenço Baeta 
03 - Festa no céu 
Cacaso - Lourenço Baeta 
04 - Dia dos pais 
Cacaso - Sidney Matos - Lourenço Baeta 
05 - Cantos 
Lourenço Baeta - Aldir Blanc 
06 - A última diligência
Lourenço Baeta - Aldir Blanc 
07 - Entre aspas 
Sergio Natureza - Lourenço Baeta 
08 - Vapor da traição
Sergio Natureza - Lourenço Baeta 
09 - Feito mistério 
Cacaso - Lourenço Baeta 
10 - Luz e sombra 
Sergio Natureza - Lourenço Baeta


Músicos
Lourenço Baeta - Dori Caymmi - Gilson Peranzzetta - David Tygel - Antonio Sant'Anna - Chacal -Ariovaldo - José Botelho - Danilo Caymmi - Antonio Adolfo - Fernando Leporace - Rubinho - Chiquinho - Vitor Assis Brasil - Hélio Delmiro - Gilson Peranzzetta - Bebeto - João Daltro - Marcio Montarroyos - Edson Maciel - João L. Maciel - Waldemar Falcão - Pareschi - José Alves -Walter Hack - Jorge Faini - Aizik - Alfredo Vital - Jean Arnaud - Eduardo Hack - Daltro -  Frederick Stephany - Arlindo Penteado - Marcio Malard - Alceu - Ibere Grosso

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Eis o disco solo de Lourenço Baeta, um dos fundadores do grupo Boca Livre, o qual se destacara também por suas belas composições. Nesse LP dá para termos uma ideia mais profunda do trabalho de Baeta, musicando poemas de Cacaso, Sérgio Natureza e Aldir Blanc. É um disco tranquilo, cheio de arranjos delicados, feitos por Baeta, Dori Caymmi e Gilson Peranzzeta, executados com extrema competência por um time de instrumentistas de peso.

O Homem Traça diz: ROAM!



Santa Marina

terça-feira, 9 de janeiro de 2018

Boca Livre - 1979



1 - Quem tem a viola 
Zé Renato - Xico Chaves - Claudio Nucci - Juca Filho
2 - Toada (Na direção do dia) 
Zé Renato - Claudio Nucci - Juca Filho
3 - Mistérios 
Maurício Maestro - Joyce
4 - Boi 
Nelson Ângelo
5 - Diana 
Toninho Horta - Fernando Brant
6 - Ponta de Areia 
Milton Nascimento - Fernando Brant
7 - Feito mistério 
Lourenço Baeta - Cacaso
8 - Pedra da lua 
Toninho Horta - Cacaso
9 - Barcarola do São Francisco 
Geraldo Azevedo - Carlos Fernando
10 - Fazenda 
Nelson Ângelo
11 - Minha terra 
David Tygel - Oduvaldo Vianna Filho

Músicos
David Tygel -  José Renato - Maurício Maestro - Cláudio Nucci - Rubinho - Gordo - Bidinho - Niltinho - Zé Nogueira - José Carlos Ramos - Léo Gandelman - Paulo Guimarães - Danilo Caymmi - Toninho Horta - Raimundo Nicoli - Freddy Anrique - Marcelinho - Café

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Esse é o primeiro LP do grupo Boca Livre, com a formação clássica de David Tygel, José Renato, Maurício Maestro e Cláudio Nucci. Aqui está o repertório que notabilizou o grupo numa performance primorosa, que agrega feras como Danilo Caymmi, Toninho Horta e Nelson Ângelo. Era tempo de Anistia, uma vitória parcial contra a Ditadura Civil/Militar, a cereja do bolo se dá pela musicalização do poema do Vianinha, "Minha Terra", que tem como perspectiva a luta que derrama tanto sangue e permanece até os nossos dias. Destaco "Fazenda", uma ode à vida simples e à boa relação entre as gerações.

O Homem Traça diz: ROAM!



Fazenda 

segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Bicicleta - 1980 - Boca Livre

Postagem original: 24/03/08




01 - Um canto de trabalho
Cacaso - Nelson Ângelo
02 - As moças
Juca Filho - Zé Renato
03 - Correnteza
Tom Jobim - Luiz Bonfá
Participação: Tom Jobim
04 - Neném
Maurício Maestro
05 - Porto Seguro
David Tygel - Márcio Borges
06 - Bicicleta
Zé Renato
07 - Saci
Paulo Jobim - Ronaldo Bastos
Participação: Tom Jobim
08 - Passarinho
Lourenço Baêta
09 - Boi do Maranhão:
Urrou do boi
Boi do Pindaré
Boi danado
Sergio Habibe
10 - Arado
Dalmo Medeiros
11 - Nossa dança
Ana Terra - Danilo Caymmi

Participações especiais:
Naná Vasconcelos - Tom Jobim - Gordo - Cid Freitas

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O Boca Livre se formou no Rio de Janeiro, em 1978, tendo participado do disco de Edu Lobo - "Camaleão" - e excurcionado com o mesmo no Projeto Pinxinguinha. Nessa primeira formação, era composto por Maurício Maestro (contrabaixo e vocal), Zé Renato (violão e vocal), Cláudio Nucci (violão e vocal) e David Tygel (violão e vocal). O primeiro disco foi independente, o Boca Livre, de 1979, foi o disco independente que mais vendeu até então (100 mil cópias!), e incluiu, entre outras músicas, "Toada" (Zé Renato, Cláudio Nucci e Juca Filho) e "Quem tem a viola" (Zé Renato, Cláudio Nucci e Xico Chaves).

Em 1980 o Boca Livre grava mais um disco independente, o Bicicleta, dando continuidade a façanha do primeiro. Nesse álbum de capa dupla, com uma produção gráfica impecável, Lourenço Baeta assume o lugar de Claudio Nucci, que segue carreira solo.

Somente em 1981 é que o Boca Livre passa a trabalhar com uma gravadora, sai então, pela Philips, o disco Folia com pérolas que aparecem hoje em algumas coletâneas, ficando o CD completo no limbo dos (des)interesses da gravadora.

Durante a existência do Boca Livre as carreiras solo da maioria de seus integrantes é algo que ocorre em paralelo, sem interferir na boa história do grupo, a qual segue até hoje. Assim, podemos encontrar belos discos de David Tygel, Lourenço Baeta e Zé Renato. Mas é claro que substituições aconteceram, nos anos noventa sai David Tygel e entra o Fernando Gamma. Em 2000 Zé Renato vai cuidar exclusivamente de sua carreira solo e Claudio Nucci volta ao Boca. Em 2006 voltam David Tygel e Zé Renato, assumindo os lugares de Cláudio Nucci e Fernando Gamma.

Destaco aqui a canção "Passarinho", um exemplo dos excelentes arranjos vocais do Boca.

O Homem Traça diz: ROAM!



Passarinho

Folia - 1981 - Boca Livre


Postagem original em 29/03/2008


01 - Chegou no vento
Xico Chaves - Vinicius Cantuária
02 - Folia
Lourenço Baêta - Xico Chaves
03 - Se o meu jardim der flor
Xico Chaves - Zé Renato
Participação: MPB-4
04 - Pena de sabiá
Xico Chaves - Zé Renato
05 - Pirilampo
Lourenço Baêta - Xico Chaves
06 - Tudo certo
Ana Terra - Zé Renato
07 - Dia de festa
Cacaso - Nelson Ângelo
08 - Alguém cantando
Caetano Veloso
09 - Coração de pai
David Tygel - Maurício Maestro
10 - Desenredo
Dori Caymmi - Paulo César Pinheiro

Músicos
Zé Renato - Maurício Maestro - David Tygel - Lourenço Baeta - Mú - Paulo Rafael - Marcelo Costa - Cid Freitas - Damilton Viana - Marcos Ariel - Paulo Guimarães - Danilo Caymmi - Celso Woltzenlogger - Rubinho - Gilson Peranzzetta - Ricardo Silveira - Vinícius Cantuária - José Carlos Ramos - Mauro Senise - Niltinho - Edmundo Maciel - Luiz Alves - Robertinho Silva - Chiquinho - Hélius Vilela - Novelli - Maurício Einhorn

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Este é o terceiro LP do Boca Livre, o primeiro feito em gravadora.

O Homem Traça diz: ROAM!



Folia

O Retrato do Artista Quando Pede- 2009 - Duo Moviola


1- Deja Vú 
Kiko Dinucci - Douglas Germano
2- Por favor 
Douglas Germano
3- Cine Star
Lincoln Antonio - Kiko Dinucci - Jonathan Silva
4- Cio
Kiko Dinucci - Douglas Germano
5-
Douglas Germano
6- Agenda 
Carlos Zimber - Kiko Dinucci
7- Macambúzio 
Kiko Dinucci - Douglas Germano
8- Mal de Percussin 
Kiko Dinucci - Douglas Germano
9- Floradas de Amor 
Douglas Germano - Kiko Dinucci
10- Loira do Banheiro 
Kiko Dinucci - Douglas Germano
11- Caderninho de Vergonhas
Kiko Dinucci - Douglas Germano
12- O Retrato do artista quando pede 
Douglas Germano - Kiko Dinucci

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Entre 2008 e 2009 Kiko Dinucci e Douglas Germano formaram o Duo Moviola. O projeto com o nome emprestado do antigo aparelho usado para edições cinematográficas, traz em suas letras, cenas do cotidiano paulistano. São verdadeiras crônicas: engraçadas, patéticas e mesmo tristes. Como o quase finado blog do Duo diz: "O disco está separado em duas partes. No Premiére tem música séria. No Matinê tem humor, sado-maso, horror para crianças, jogo, bebida, mulheres e tóchico." Em se tratando de um CD, cabe inferirmos onde termina um lado e começa o outro. De todo modo, fica a dica séria para trabalhos do Ensino Fundamental e Médio, com a lenda urbana "Loira do Banheiro".

O Homem Traça diz: ROAM!

 

Loira do Banheiro

domingo, 7 de janeiro de 2018

Beat No. 1 - 1969 - Los Gatos



1 - Sueña y corre
2 - Hogar
3 - Dónde está, cómo fue
4 - El otro yo del señor negocios
5 - Flores y cartas
6 - Lágrimas de María
7 - Soy de cualquier lugar
8 - Escúchame, alúmbrame
9 - Fuera de la ley

Bônus
10 - Escúchame, alúmbrame (mono)
11 - Mama rock
12 - Campo para tres
13 - Canción para un ladrón
14 - Canción para un reventado
15 - La casa de diarios viejos 

Músicos:
Litto Nebbia - Norberto "Pappo" Napolitano - Ciro Fogliatta - Oscar Moro - Alfredo Toth

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Um ótimo disco do rock argentino, é o quarto de Los Gatos. Mais pesado que os anteriores, flerta com o hard rock, sem deixar de mesclar a pscodelia e a influência dos The Beatles.

O Homem Traça diz: ROAM!

 

Escúchame, alúmbrame

A Terra e o espaço aberto - 1998 - Benjamim Taubkin


1- Quarta-feira
2- Domingo no Sítio dos Nakashima
3- A Terra e o espaço aberto
4- Improviso
5- Maracatu do João
6- Pena que a vovó não está aqui ou O dia em que John Coltrane esteve em Bebedouro
7- 54 West 16th Street
8- O passo dos elefantes
9- Ternura

Músicos
Benjamim Taubkin - Lui Coimbra - Toninho Carrasqueira - Marcos Suzano

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Benjamim Taubkin, pianista, arranjador, compositor e produtor, iniciou o estudo do piano aos 18 anos. Participa como músico e/ou produtor, desde 1997, em mais de 150 projetos, incluindo intercâmbios com músicos da América Latina, da África e da Europa. É responsável pelo projeto Núcleo Contemporâneo – gravadora, produtora e um centro cultural na cidade de São Paulo.

Esse é o disco de estreia de Benjamim Taubkin. É um trabalho totalmente acústico, que traz leituras instrumentais de ritmos brasileiros, como maracatus, choros e maxixes. Além disso, encontramos muitas referências do Jazz nos arranjos inspiradores que permeiam o álbum. Este CD foi indicado ao Prêmio Sharp de 1998 – Categoria Revelação Instrumental e recebeu o Prêmio Movimento de 1998.

O Homem Traça diz: ROAM!



Maracatu do João

sábado, 6 de janeiro de 2018

Musique et chants du Bresil - 1974 - Teca & Ricardo


1 - Senhor Piloto (Extraído da Nau Catarineta) 
Tradicional/Adpt.: Teca Calazans
2 - Ligado 
Ricardo Vilas
3 - Limoeiro 
Teca Calazans - Ricardo Vilas
4 - Nau Catarineta 
Tradicional/Adpt.: Teca Calazans
5 - Circo do Horror 
Ricardo Vilas
6 - Celeniel 
Ricardo Vilas
7 - Cirandas 
Tradicional/Adpt.: Teca Calazans
8 - Coco Verde 
Teca Calazans - Ricardo Vilas
9 - Casamento 
Teca Calazans - Ricardo Vilas
10 - Abre a Porta Pedro (O Destino) 
Teca Calazans - Ricardo Vilas

Músicos
Teca Calazans - Ricardo Vilas - Novelli - Murilo Alencar - Nelson Ângelo - Henry - Georger Augier - Coaty de Oliveira - Fernando Martins

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Esse é o primeiro LP de Teca Calazans, em dupla com Ricardo Vilas, gravado na França. Foi relançado em CD em 1994, com as faixas invertidas, sendo as cinco primeiras do Lado B e as demais do Lado A. Aqui estão as primeiras versões e "Coco Verde" e "Nau Catarineta", que vieram a ser regravadas em discos posteriores. Marcam as faixas as tradições populares da música brasileira, sobretudo nas adaptações, e a sofisticação dos arranjos com pitadas de jazz. 

O Homem Traça diz: ROAM!



Celeniel