sexta-feira, 30 de março de 2018

Selma Songs - 2000 - Björk


01 - Overture
02 - Cvalda
03 - I've seen it all
04 - Scatterheart
05 - In the musicals
06 - 107 steps
07 - New world

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Björk é uma cantora, compositora e produtora islandesa. Nascida em 1965, iniciou a carreira aos 11 anos de idade. Transita entre o pop, o rock, o jazz, música eletrônica, erudita e com a cultura popular tradicional. Sua carreira decolou com o grupo Sugarcubes entre 1986 e 1992.

Esse disco é a trilha sonora do musical Dançando no Escuro (2000), dirigido por Lars von Trier. Björk assinou a trilha e interpretou Selma, personagem protagônica, mãe e operária tchecoeslovaca, que busca salvação para o filho nos EUA enquanto está ficando cega. O filme recebeu a Palma de Ouro e Björk foi premiada como melhor atriz no Festival de Cannes daquele ano.

Musicais não são o forte desse Traça que vos escreve, mas este, de fato surpreendeu. Pois que nos deparamos com um drama, uma fratura exposta, que confronta visões de mundo de personagens com formações antagônicas: a operária, formada a partir de um pensamento socialista, portanto tendo um comportamento solidário e humanista, enfrenta-se com o egocentrismo, a futilidade e a brutalidade do pseudo sonho estadunidense. O filme vai muito além do drama individual, sobretudo se o tomamos como alegoria da Guerra da Bósnia (1992-1995), que dilacerou os Bálcãs, com auxílio do imperialismo, fomentando as disputas étnicas e religiosas da região, que visava lucrar com os espólios do confronto, agregado-os à União Européia. Nunca mais vi tanto marmanjo chorando no banheiro do cinema depois de uma sessão de cinema!

O Homem Traça diz: ROAM!

 

New world

domingo, 18 de março de 2018

Verde - 2004 - Badi Assad


01-Cheguei meu povo
Meste Walter
02-Asa branca
Luiz Gonzaga - Humberto Teixeira
03-Básica
Tatiana Cobbett
04-Não adianta
Badi Assad - Jeff Young
05-One
U2 (Adam Clayto - Laurence Mullen - David Evans - Paul David Hewson)
06-Você não entendeu nada
Badi Assad
07-Viola, meu bem
Domínio Público
08-O verde é maravilha
Ruy Mauriti - José Jorge - Tim Simenon
09-Feminina
Badi Assad - Simone Soul
10-Bachelorette
Björk - Sigurin B. Sigurdsson
11-Seu delegado
Jorge Bernardo - Juraci de A. Aranha - Raul G. Marques
12-Estrangeiro em mim
Badi Assad
13-Bom dia tristeza
Adoniran Barbosa - Vinícius de Moraes
14-The being between
Badi Assad - Jeff Young
15-Valse d'Amélie
Yann Tiersen


Bônus
16-Implorando
Toquinho


Músicos
Cordel do Fogo Encantado (Lirinha - Moises Clayton Barros - Emerson Calado - Nego Henrique - Rafa Almeida) - Edimilson Cappelupi - Webster Santos - Teco Cardoso - Guello - Rodolfo Stroeter - Guilherme Kastrup - Naná Vasconcelos - Carlinhos Antunes - Clarice Assad - Carolina Assad - Toninho Ferragutti - Dimos Guadaroulis - Sérgio Assad - Luca Raele - Toquinho


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Badi Assad nasceu em São João da Boa Vista (SP), em 1966, três anos mais tarde, mudou-se com a família para o Rio de Janeiro. Oriunda de uma família de musicistas, naturalmente se inseriu nesse meio muito cedo. Aos 15 anos já era premiada como violonista. Gravou o seu primeiro disco em 1989. Experimentalista, desenvolveu técnicas de percussão com a boca. Nos anos 1990 conquistou uma carreira internacional. No disco "Verde", Badi Assad perfila um repertório popular tradicional ao lado de releituras do Pop Rock e suas próprias composições.

O Homem Traça diz: ROAM!



Feminina

Ashes are burning - 1973 - Renaissance




1 - Can you understand 
Dunford - Thatcher
2 - Let it grow
Dunford - Thatcher
3 - On the frontier 
McCarty - Thatcher
4 - Carpet of the sun
Dunford - Thatcher
5 - The harbour 
Dunford - Thatcher
6 - Ashes are burning 
Dunford - Thatcher


Músicos
John Tout - Annie Haslam - Jon Camp - Terry Sullivan - Micheal Dunford - Andy Powell

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Nesse LP Annie Haslam está primorosa, dando alma às composições de Dunford, configura uma das gravações mais marcantes do grupo.

O Homem Traça diz: ROAM!

 

Carpet of the sun

Canciones - 1971 - Violeta Parra


1 - Gracias A La Vida 
2 - Qué Dirá El Santo Padre 
3 - Hace Falta Un Guerrillero 
4 - Arauco Tiene Una Pena
5 - A La Una 
6 - La Jardinera 
7 - Arriba Quemando El Sol 
8 - La Carta 
9 - Paloma Ausente 
10 - Según El Favor Del Viento 
11 - Maldigo Del Alto Cielo

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Violeta del Carmen Parra Sandoval, Violeta Parra (1917-1967), nasceu em San Carlos, Chile. É um monumento da música Chilena, uma referência da Canção Nova para a América Latina. Seu canto simples e contundente se pauta pelas tradições chilenas e pela resistência do povo contra a exploração. Seus primeiros registros datam do início de 1948. Viveu na Argentina, em Paris e viajou por diversos países realizando apresentações e gravações. Foi uma pesquisadora contumaz da cultura tradicional chilena, sobretudo dos ritmos, das danças e canções de seu povo. Chegou a registrar mais de 3 mil canções. Mesmo após a sua morte, há uma vasta discografia com gravações inéditas e coletâneas em diversas partes do mundo. Este LP é uma edição cubana, que concentra parte significativa da sua obra.

O Homem Traça diz: ROAM!

 

Gracias A La Vida

domingo, 11 de março de 2018

Nau - 1986


01 - Bom Sonho
Vange
02 - Cálculos Astronômicos
Zique
03 - Linhas Esticadas
Laura Finokiaro - Cilmara Bedaque 
04 - O Que Eu Quero É Você 
Zique
05 - Balada
Zique  
06 - Diva 
ZIque - Beto - Vange
07 - Corpo Vadio 
Zique - Vange
08 - Barcas
Zique - Beto - Vange
09 - As Ruas 
Zique - Vange
10 - Novos Pesadelos
Zique - Mauro - Beto - Vange - Rosália Munhoz  
11 - Nada
Beto - Zique -Mauro - Vange

Músicos
Zique - Beto Birger - Vange Leonel - Mauro "Tad" Sanchez

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A Nau sobreviveu entre 1985 e 1989, com um trabalho calcado no pós-punk, blues e pitadas de heavy. Esse registro LP é bem interessante, o repertório era muito bom ao vivo, sobretudo pela performance da Vange. A banda foi um ponto de partida, impulsionou Vange Leonel (1963-2014), que passou à carreira solo em 1991.

O Homem Traça diz: ROAM!

 

Corpo Vadio

Olho D'água - 1979 - Marlui Miranda

Postagem original: 01/03/2008


01 - Vinho do Porto
Ana Maria Bahiana - Marlui Miranda
02 - No Pilar
Jararaca
03 - Pitanga
Capinan - Marlui Miranda
04 - Estrela do Indaiá
Xico Chaves - Marlui Miranda
05 - Olho d'água
Marlui Miranda
06 - Marimbondo
Xico Chaves - Marlui Miranda
07 - Grupo Krahó
Índios Krahó
08 - Acorda Maria Bonita
Volta Seca
09 - Herculano
Xico Chaves - Marlui Miranda
10 - Sodade meu bem, sodade
Zé do Norte
11 - Calypso
Geraldo Carneiro - Egberto Gismonti

Músicos
Grupo "Academia de Danças":
Zeca Assumpção, Zé Eduardo Nazário, Mauro Senise, Egberto Gismonti, Marlui Miranda

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"A família de Marlui Miranda sempre teve com a música uma relação de prazer. Sua mãe, sem nunca ter estudado ou mesmo tocado violão, foi quem afinou pela primeira vez o instrumento que Marlui havia ganho. Nesta época a família ainda morava em Fortaleza, onde Marlui nasceu em 1949. Quando tinha 5 anos, mudaram-se para o Rio de Janeiro, a partir de onde o pai, engenheiro, resolveu encarar o desafio de ajudar a construir Brasília. Era 1959.

Marlui começou a estudar violão no ginásio, em meio à efervescência cultural. Já na faculdade de Arquitetura, ela começou a freqüentar as reuniões que traziam à Brasília nomes como
Jacob do Bandolim e Victor Assis Brasil. A música instrumental despertou em Marlui o gosto pela composição. O canto ficou escondido pela timidez. Apesar disso, em 68 ela ganhou o 1º prêmio como intérprete e compositora no Festival Estudantil da Universidade de Brasília. Marlui deixou a universidade e foi para o Rio disposta a viver de música.

Começou a cantar com
Egberto Gismonti e através dele conheceu Taiguara, com quem viajou por todo Brasil fazendo shows como guitarrista do grupo que o acompanhava. Em meados de da década de 70 Marlui começou a estudar violão clássico com Jodacil Damasceno e Turíbio Santos. Passou a cantar e tocar violão com Jards Macalé e teve uma música sua, "Airecillos" , gravada por Ney Matogrosso no LP "Bandido".

Marlui também organizou, junto com o poeta
Xico Chaves, o projeto "Circuito Aberto de MPB", realizado no Teatro Gil Vicente, Rio de Janeiro, e reunia novos artistas que tentavam vencer aqueles tempos difíceis de sufoco e censura dos anos 70. Depois de muitos shows como este, surgiu uma grande oportunidade: Marlui foi convidada pelo amigo Egberto a participar de seu grupo Academia de Danças. Foram mais de dois anos de excursões pelo Brasil, em apresentações onde Marlui cantava e tocava violão, percussão e cavaquinho.

Em 78 fez a sua primeira viagem a Rondônia e , em 79, lançou pela gravadora Continental seu primeiro LP, "
Olho D'água". Gravado e mixado em apenas uma semana, o LP foi saudado com grande entusiasmo pela crítica. O ano seguinte foi uma maratona de shows pelo Brasil e um desejo de se aprofundar no conhecimento da música indígena , uma necessidade de pesquisa e reflexão.

Em 81, em companhia de seu companheiro, o fotógrafo Marcos Santilli, Marlui
partiu para uma viagem de seis meses pelo rio Guaporé, Mamoré, Pacas Novas e tantos outros, todos em Rondônia, numa cuidadosa pesquisa e documentação de hábitos e músicas de índios e seringueiros, estabelecendo uma relação de objetividade com a natureza do lugar. Observando a relação do homem com aquele meio, Marlui aprendeu na prática a relacionar os fenômenos locais como parte de um todo e passou também a sentir necessidade de preservar o repertório musical daquele povo.

De volta a São Paulo, onde já vivia desde 78, Marlui preparou, gravou e finalmente lançou em 83 o segundo LP "
Revivência". Já em esquema independente, contando com sua própria produtora, "Memória Discos e Edições", "Revivência" foi o primeiro resultado deste contato de Marlui com um Brasil geralmente esquecido e entregue à própria sorte. O segundo resultado das andanças de Marlui e Marcos Santilli foi a produção do LP " Paiter Merewá", com músicas feitas e cantadas pelos índios Suruís, de Rondônia. Esse Lp foi lançado em 85 e antes disso Marlui esteve envolvida na composição das trilhas sonoras dos filmes "Jarí" de Jorge Bodanszki e "Povo da Lua, Povo de Sangue", de Cláudio Andujar.

No final de 85 Marlui entrou em estúdio para gravar "
Rio Acima ", LP que traz canções que nos remetem mais uma vez a um vasto e desconhecido país chamado Brasil. Marlui ganhou uma bolsa da John Simon Guggenheim Memorial Foundation para continuar a desenvolver seu projeto de recriação da música indígena da Amazônia Brasileira. Antes de ser um compromisso de trabalho, trata-se da certeza de um prolongamento de prazer e alegria. Afinal, o único compromisso da música de Marlui Miranda é com a qualidade." Márcio Gaspar (trechos do encarte do disco "Rio Acima" de Marlui Miranda)

O Homem Traça diz: ROAM!



Pitanga

Samba Seresta & Baião - 1998 - Consuelo de Paula



01-Anabela
Mário Gil - Paulo César Pinheiro
02-Lenço Branco/Destino da madeira
Ataulfo Alves/Ataulfo Alves - Vargas Jr
03-Folia/Fitas
Lourenço Baeta - Xico Chaves/Consuelo de Paulo - Luiz Gonzaga de Paula
04-Espelho Cristalino
Alceu Valença - Folclore Alagoano
05-Azulão
Jayme Ovalle - Manoel Bandeira
06-Noite Cheia de Estrelas
Cândido das Neves
07-Na Pancada do Ganzá
Antônio Nóbrega - Wilson Freire
08-Jequitinhonha
Lery Faria - Paulinho Assunção
09-Lua Branca
Chiquinha Gonzaga
10-Portela na Avenida
Mauro Duarte - Paulo César Pinheiro
11-Riacho de Areia
Cantos dos Canoeiros de Pratápolis

Músicos:
Consuelo de Paula - Dino Barioni - Paulo de Tarso - Ari Colares - Mônica Thiele - Maria Diniz - Toninho Ferragutti - Cássia Maria - Tuca Fernandes - Elson Fernandes - Paulo Putini - Sylvio Mazzucca Jr. 

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Mineira de Patápolis, Consuelo desde criança participou de Folias de Reis e Congadas e inicia a sua trajetória como cantora no início dos anos 1980. Este é o seu primeiro registro em disco, a cultura popular urbana se mescla ao repertório da cultura tradicional do campo, amalgamando-se com harmonia.

O Homem Traça diz: ROAM!

 

Jequitinhonha

sexta-feira, 9 de março de 2018

Sangue Bom - 1991 - Jovelina Pérola Negra


1 - No Mesmo Manto 
Beto Correa - Lúcio Curvelo
2 - Confusão Na Horta 
Adilson Bispo - Zé Roberto - Simões PQD
3 - 33 Destinos de D. Pedro II
Guará
4 - Sarau 
Beto Corrêa - Beto Sem Braço
5 - O Canto Da Sereia
Quaresma - Mauro Diniz  
6 - Pelourinho, Negritude E Magia
Labre - Geraldo Lima  
7 - Sangue Bom 
Beto Corrêa - Lúcio Curvelo
8 - Quem Foi 
Marcinho - Marquinho PQD - Ratinho
9 - Catatau 
Guará
10 - Amor Por Um Triz 
Marco Aurélio
11 - Liberdade Plena 
Beto Correa - Lúcio Curvelo
12 - Acabou A Colher
Almir Guineto - Laureano - Sá de Oliveira


Músicos 
Jorge Gomes - Gordinho - Marcelo - Claumir - Beloba - Bira Haway - Esguleba - Wanderson - Paulão - Jorge Simas - Eduardo Neves - Mauro Diniz - Ivan Paulo

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Jovelina Pérola Negra (1944 - 1998), cantora e compositora carioca, batizada Jovelina Farias Belford, foi uma das grandes damas do samba. Como Clementina de Jesus, possuía uma voz forte e foi empregada doméstica antes de fazer sucesso artisticamente.

Gravou pela primeira vez 1985, foi pastora da Império Serrano e, fã de Bezerra da Silva, ajudou a consolidar o gênero pagode no seio do samba.

Destaco 33 Destinos de D. Pedro II, samba que dá o quadro da viagem da vida difícil do povo trabalhador em pleno Governo Collor.

O Homem Traça diz: ROAM!

 

33 Destinos de D. Pedro II

quinta-feira, 8 de março de 2018

Feminina - 1980 - Joyce


01 - Feminina
Joyce
02 - Mistérios
Joyce
03 - Clareana
Joyce
04 - Banana
Joyce
05 - Revendo Amigos
Joyce
06 - Essa Mulher
Ana Terra - Joyce
07 - Coração De Criança
Fernando Leporace - Joyce
08 - Da Cor Brasileira
Ana Terra - Joyce
09 - Aldeia De Ogum
Joyce
10 - Compor
Joyce

Bônus do CD de 2016
11 - Acalanto
Antônio Adolfo
12 - Terra 
Francisco Mário
14 - Cançoneta
Antônio Adolfo
15 - Revendo Amigos (com Viva Voz)
Joyce


Músicos:

Joyce - Gilson Peranzetta - Fernando Leporace - Maurício Maestro - Tuti Moreno - Chiquinho - Dacy - Serginho - Danilo Caymmi - Jorginho - Mauro Senise - Paulo Guimarães - Claudio Guimarães - Hélio Delmiro - Hélvius Vilela - Aninha - Clarinha - Lize Bravo - Antônio Adolfo - Nivaldo Ornelas - Francisco Mário - Toninho Horta - Ricardo Canto - Kaito - Elber - Luizão - Oscar Castro Neves - Jamil Joanes - Rubinho - Luiz Cláudio Ramos - Ariovaldo

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Em entrevista à revista Época, por ocasião da reedição em CD no ano de 2010, ou seja, trinta anos depois do lançamento original em LP, Joyce tenta responder a seguinte maneira à questão sobre a longevidade desse trabalho:

É difícil responder. Quem o ouve, vai saber melhor que eu. O que posso dizer é que esse é um trabalho, um conjunto de músicas, encadeadas por uma linguagem feminina. Apesar de que eu já ter feito isso antes. Fiz no primeiro disco, em 1968, e a imprensa caiu de pau. Naquela época, você não podia ser mulher e falar como mulher nas músicas. Se fosse o Chico (Buarque) falando como mulher, tudo bem. Como Ruy Castro disse: “não parecia correto”. Em 1980, quando o Feminina saiu, esse tipo de música não era mais um escândalo. As canções desse disco, inclusive, já haviam sido gravadas antes por outros intérpretes. A Essa mulher já tinha sido nome do disco da Elis Regina um ano antes. Maria Bethânia gravou Da cor brasileira, Milton e Nana Caymmi gravaram Mistério. O fato de Clareana ter participado do Festival da TV Globo também ajudou para o sucesso do disco e me tornou mais conhecida.

De fato, esse conjunto de canções continua deveras atual, uma vertente da produção feminina, que se mantêm influenciando gerações de compositores de diversos estilos. Nos anos 1990 o LP era vendido a U$ 500 em Londres, ocupando as pistas por seleções dos DJ em voga. 

O Homem Traça diz: ROAM!


Revendo Amigos (com Viva Voz)


quarta-feira, 7 de março de 2018

Simone - 1973

Postagem original: 01/03/2008



01 - Morena
Dalto

02 -
Caminho do Sol Dalto - Mário Jorge
03 -
Quero
Vera Brasil - Elô

04 -
Maior que o meu amor
Renato Barros

05 -
Tudo que você podia ser
Lô Borges - Márcio Borges

06 -
Bandeira branca
Max Nunes - Laércio Alves

07 -
Assim não dá
Ana Maria

08 -
Encontro marcado
Joyce

09 -
Momento do amor
Taiguara

10 -
Charada
Dalto

11 -
Chegou a hora
Ivan Lins - Ronaldo M. Souza

12 -
Chega
Paulo Diniz - Odibar


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"Simone Bittencourt de Oliveira, conhecida apenas como Simone, (Salvador, 25 de dezembro de 1949) é uma cantora brasileira.

Prematura de oito meses e sétima filha de uma família de nove irmãos, seu pai, Otto, queria que seu nome fosse Natalina, mas sua mãe, Letícia, prestes a batizar a filha, mudou o nome para Simone. Nascida numa família de músicos, seu pai, que tocava violino e era cantor de ópera, e a mãe, piano, sempre incentivaram-na a cantar. Até a adolescência Simone foi jogadora profissional de basquete e por isso mudou-se para São Paulo aos dezessete anos, para integrar o time da Seleção Brasileira de basquete feminino. Estudou na Fefis, em Santos, aonde se formou em Educação Física; foi colega, durante o curso, do futebolista Pelé.

Convidada por sua amiga e professora de violão, Elodir Barontini, Simone participou de um jantar na casa do então gerente de marketing da gravadora Odeon, Moacir Machado, o Môa. Neste encontro, especialmente marcado para que ela mostrasse sua voz, ao final veio o convite para assinar um contrato, não para um, mas quatro LPs de uma só vez, para gravadora: Simone fez muito sucesso no teste e foi logo aprovada. O primeiro, Simone, gravado em outubro de 1972, teve uma produção de baixo custo e poucos músicos, regidos pelo maestro José Briamonte. O lançamento aconteceu em 20 de março de 1973 (considerada a data oficial do início da carreira), em São Paulo e Simone estreou no mesmo dia num programa da TV Bandeirantes. A primeira tiragem foi distribuída apenas para amigos, parentes e para o meio artístico; dez anos depois seria relançado com uma capa diferente. A participação no programa Mixturação, da Tv Record (abril, 1973), também foi aguardada com expectativa e Simone considerada um dos nomes mais promissores. O sucesso começava assim de forma gradual."

Fonte

Homem Traça diz: ROAM!




Encontro marcado

terça-feira, 6 de março de 2018

Cigarra - 1978 - Simone

Postagem original: 26/08/2008

1 - Cigarra
Milton Nascimento - Ronaldo Bastos
2 - Coisas de balada
Nelson Ângelo - Fernando Brant
3 - Petúnia resedá
Gonzaga Jr.
4 - Então vale a pena
Gilberto Gil
5 - A sede do peixe (para o que não tem solução)
Milton Nascimento - Márcio Borges
6 - Medo de amar n° 2
Sueli Costa - Tite de Lemos
7 - Diga lá, coração
Gonzaga Jr.
8 - As curvas da estrada de Santos
Roberto e Erasmo Carlos
9 - Ela disse-me assim (vá embora)
Lupicínio Rodrigues
10 - Sangue e pudins
Fagner - Abel Silva
Música incidental
As curvas da estrada de Santos

Músicos
Paulo Cezar Willcox - Ivani Sabino - William Caram - Olmir Stocker - Dazinho - Chacal - José Eduardo

Participações Especiais
Gilberto Gil (violão em "Então Vale a pena") e Gonzaga Jr. (vocalise em "Diga lá, coração")

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Nesse disco Simone está primorosa com ótimos arranjos para um repertório cheio de Minas, ainda que, de quebra, tenha Gil, Fagner e Robertão.


O Homem Traça diz: ROAM!




A sede do peixe

domingo, 4 de março de 2018

Secos & Molhados - 1974


1 - Tercer Mundo
João Ricardo - Júlio Cortazar
2 - Flores Astrais
João Ricardo - João Apolinário
3 - Não, Não Digas Nada
João Ricardo - Fernando Pessoa
4 - Medo Mulato
João Ricardo - Paulinho Mendonça
5 - Oh Mulher Infiel
João Ricardo 
6 - Vôo
João Ricardo - João Apolinário
7 - Angústia
João Ricardo - João Apolinário
8 - O Hierofante
João Ricardo - Oswald de Andrade
9 - Caixinha de Música do João
João Ricardo 
10 - O Doce e o Amargo
João Ricardo - Paulinho Mendonça
11 - Preto Velho
João Ricardo
12 - Delírio
Gerson Conrad - Paulinho Mendonça
13 - Toada e Rock e Mambo e Tango e etc
João Ricardo - Luli

Bônus 
19 - Vôo (edição cortada por Charles Gavin para a série de CDs Dois Momentos)

Músicos:
Ney Matogrosso - João Ricardo - Gerson Conrad

John - Willie - Triana Romero - Rosadas - Emilio - Norival - Jorge Omar

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Este é o segundo e último LP do grupo, lançado quando já havia se desfeito. Mantêm a mesma qualidade do primeiro, aprofundando as experimentações musicais, dadas também pela poderosa banda de apoio. João Ricardo segue com o êxito de parcerias com poetas notórios. Relançado diversas vezes, seja em LP ou em CD, curiosamente para a Série Dois Momentos, a faixa Vôo foi cortada dez minutos antes do tempo original. Ainda que com remasterização inferior à do CD, aqui segue o "Vôo" com o seu tempo original na ordem do LP.

O Homem Traça diz: ROAM!

 

Vôo

Secos & Molhados - 1973


1 - Sangue Latino
João Ricardo - Paulinho Mendonça
2 - O Vira
João Ricardo - Luli
3 - O Patrão Nosso de Cada Dia
João Ricardo
4 - Amor
João Ricardo - João Apolinário
5 - Primavera Nos Dentes
João Ricardo - João Apolinário
6 - Assim Assado
João Ricardo
7 - Mulher Barriguda
João Ricardo - Solano Trindade
8 - El Rey
Gerson Conrad - João Ricardo
9 - Rosa de Hiroshima
Gerson Conrad - Vinícius de Moraes
10 - Prece Cósmica
João Ricardo - Cassiano Ricardo
11 - Rondó do Capitão
João Riardo - Manuel Bandeira
12 - As Andorinhas
João Ricardo - Cassiano Ricardo
13 - Fala
João Ricardo - Luli


Músicos

Ney Matogrosso - João Ricardo - Gerson Conrad - Marcelo Frias: Bateria e Percussão

Sérgio Rosadas - John Flavin - Zé Rodrix - Willi Verdarguer - Emílio Carrera

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Informações não faltam na rede sobre esse fabuloso LP do Secos & Molhados. Como tantos outros clássicos, não pode estar fora da prateleira de ninguém. E é por isso mesmo que sobrevive há mais de 40 anos, sendo relançado e com seu repertório revisitado. Charles Gavin que o diga com o seu Primavera nos dentes, lançado em 2017, contendo deliciosas e competentes releituras. Decerto foi um grupo amado pelo setor "odara" da juventude da época, um daqueles considerados até certo ponto inofensivos para a ditadura civil/militar em voga, mas que por isso mesmo, furou o cerco com a sua poesia e a musicalidade contundentes, sem falar na proposta cênica e comportamental. A crítica social e a denúncia do sistema perverso reinam e, para o nosso desespero e alento, continuam atuais.

O Homem Traça diz: ROAM!

 

 O Patrão Nosso de Cada Dia